quarta-feira, 22 de maio de 2013

III Oficina do NASF em Camaragibe

          Mais uma vez a oportunidade de fazer parte do PET-Saúde UFPE me proporcionou uma experiência excelente. E quem estava lá também era a Sheyliane, estudante de Odontologia/UFPE e também integrante do PET-Saúde.





          Talvez eu pudesse conhecer o NASF lendo artigos, assistindo aulas, vendo vídeos, conversando com pessoas e profissionais de dentro dele, e até posso, mas nada excluiria ou excluirá a importância do momento de hoje. Confesso até que me surpreendi, pois não pensei que fosse ser algo tão "didático", tão explicativo e elucidativo. Achei que fossem apenas mostrar para os profissionais que o NASF estava com novos profissionais, com novas propostas e que fariam uma reunião para determinar justamente as burocracias e organizar cronogramas para as devidas intervenções do Núcleo. Mas não, trouxeram das pessoas o que elas pensavam sobre o NASF, o que ele estava fazendo atualmente em cada unidade e o que ele, de fato, deveria fazer. Explicou-se sobre a que propósito ele surgiu e sobre o apoio matricial às USFs.
          Foram também elaborados problemas e necessidades presentes em todas as unidades, intervenções e ações para melhoria desses problemas, estabelecidas metas e atribuído responsáveis para o cumprimento dessas metas. Esse foi o planejamento para os próximos seis meses, de cada unidade de saúde para o NASF. Achei interessante essa preocupação em se aproximarem das unidades e de também explicar para todo mundo - começando do básico.
          No final do encontro foi passado um trecho deste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=BleFdv1M8-U, que por sinal me deixo com um "gostinho de quero mais" terrível. Estou indo assisti-lo, façam isso também, ele me pareceu muito bom.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Agradecimento a comunitário pelo trabalho voluntário na unidade

          Hoje foi o aniversário de Seu Nilsinho, comunitário e usuário da Unidade de Saúde do Araçá. E aproveitamos o momento para parabenizá-lo e também agradecê-lo pelo seu trabalho voluntário na unidade.
          A grama no quintal estava extremamente alta, enorme. E Seu Nilsinho se propôs a ajudar: pegou o cortador de grama e veio dar um jeito no problema. É função da prefeitura fazer isso, e não dos usuários. No entanto, pela ausência dela, Seu Nilsinho resolveu nos ajudar.
          Não tirando a importância do explicado acima, mas o melhor momento não foi o parabéns, não foi o bolo, não foi a gratidão (nossa), mas sim, para mim, a gratidão dele. Ele disse que em seus setenta e poucos anos nunca havia tido um "bolinho" ou "festinha" no seu aniversário. E que hoje, a sua filha fez um bolo enorme. E também ficou muito feliz pela nossa "festa" pelo seu aniversário.
          E muito mais importante ainda, foi quando ele falou que não era preciso que nós o agradecessemos, que ele quem era grato, pois sempre que chegava na unidade todos os profissionais, sem exceção, faziam de tudo para melhor atendê-lo, sempre resolvendo algum problema que ele trazia ou o ajudando de toda e qualquer forma. Disse também que o mato nunca mais chegaria àquela situação, que sempre iria ficar capinando.
          É assim, pessoal, uma mão lava a outra. Não estou falando que os profissionais estão fazendo um favor para o Seu Nilsinho ao atendê-lo bem, dignamente. Mas eu falo de que eles fazem o seu melhor. E qualquer um quer ter o melhor para si. Mas não estou falando de ganância. Estou falando apenas de qualidade. Eu quero para mim um trabalho melhor, uma casa melhor, uma saúde melhor, uma nota melhor em uma prova, uma moto melhor, um sapato melhor, quero ser atendido melhor quando precisar de um atendimento (no banco, no hospital, na barraca de coco), quero receber o melhor das pessoas, quero que o limpador de vidros do semáforo limpe o meu vidro da melhor forma possível. E isso não é questão de egoísmo, vaidade, ganância. É questão de respeito ao próximo! Eu quero o melhor para mim e para o outro. Foi assim que pensou e pensa a unidade ao atende-lo e ao atender todos os outros. Foi assim que Seu Nilsinho pensou e pensa ao contribuir, e/ou retribuir, com a unidade.
          E com vocês, já presenciaram uma forma de agradecimento ao serviço como essa, por exemplo? Já tive oportunidades de presenciar outras situações também. E isso é muito gratificante, não para mim, diretamente, mas para a unidade como um todo, até porque estou nela, e se ela vai bem, eu também vou e fico feliz com isso. Fico feliz com a credibilidade que o usuário ainda acredita em depositar no SUS. E tenho esperança de que isso sempre se torne mais rotina, que sempre melhore.
          Abraço, pessoal.