sábado, 20 de abril de 2013

Campanha de vacinação contra a Influenza

Hoje foi o Dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Todos as unidades de saúde estavam abertas para atender à população alvo: idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, indígenas, crianças na faixa etária de seis meses a menores de dois anos e gestantes. E também estão inclusos os portadores de doenças crônicas. Acompanhe mais no site do município: http://www.camaragibe.pe.gov.br/Portal/pmcg/clipagem-de-not%C3%ADcias/166-campanha-nacional-de-vacina%C3%A7%C3%A3o-contra-influenza-2013.html

Na foto, eu e Luciana, alunos do PET-SAÚDE CAMARAGIBE.

PS: Uma coisa interessante se pode perceber em dias de campanha de vacinação. Sabe-se que a maior parte da população que é acompanhada no posto de saúde é de baixa renda. Primeiramente pelo fato de não terem planos de saúde; e, segundo, porque é a única opção que resta para eles. Sendo assim, o que se pode perceber é que muitas pessoas de poder aquisitivo maior passam a utilizar as unidades de saúde. Isso é interessante, para não dizer trágico. Os que podem pagar um plano de saúde passam longe das unidades de saúde, achando que lá é lugar para pobres e que o atendimento é péssimo e desumano. E isso é uma bobagem. E o pior de tudo, é que essa população mais favorecida, quando perguntada se utiliza o SUS, a resposta é negativa. Ah, então quem financia a tua vacina? E a vigilância sanitária? A água mineral que você compra é fiscalizada por quem? Não é pelo SUS? Essas são apenas algumas pouquíssimas perguntas acerca do assunto. Pensem nisso.

Abraço.

Reunião da Vigilância Epidemiológica na Prefeitura de Camaragibe

Ontem houve uma reunião de categoria (Enfermagem) na Prefeitura de Camaragibe acerca da Vigilância Epidemiológica. Foram mostrados as consolidações dos dados de cada unidade. O município de Camaragibe possui 42 Unidades de Saúde da Família. No auditório havia muita gente, acredito que todos os enfermeiros estavam presentes, senão a grande maioria. Foi interessante. E o mais importante é que eu vi a gestão. Ela agora, para mim, é concreta. Antes eu apenas ouvi falar em "gestão", e aquilo sempre foi muito abstrato. Ontem eu vi, soube que é verdadeira, que existe, onde trabalha, como trabalha, vi rostos e estrutura física. Foi muito bom. E mais importante ainda é que eu (e acredito que todos presentes naquela reunião) percebi (percebemos) que há boa vontade por parte da gestão, que eles estão querendo o melhor para o município. Demonstraram compromisso, interesse. E a gente vai torcer para que dê errado? Jamais. Tem mais é que torcer para que dê certo! Vocês já tiveram oportunidade de participar de algo semelhante a isso? Recomendo. Abraços. :)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Discussão sobre hipertensão com a equipe da unidade

_ Iniciamos uma discussão com a equipe de saúde da USF Araçá sobre diabetes e hipertensão. Foi muito proveitosa. Minha dupla (Luciana, Fonoaudiologia/UFPE) falou sobre diabetes na semana anterior e nessa discussão atual, a que vou me referir, eu quem fiquei responsável. Mas é claro que todos participaram. Apenas conduzi a discussão. Eu fiquei muito feliz com o seu desenrolar. Tudo bem, não conseguimos conclui-la, mas eu estava muito mais preocupado com a qualidade da mesma do que apenas em abordar tudo ao mesmo tempo e em um único dia. O aprendizado e o conhecimento é uma construção. E não se constrói uma casa do dia para a noite.
_ Eu estava a fazendo baseado no Manual da Atenção Básica de Hipertensão. E à medida que fui lendo, fui elaborando perguntas norteadoras para sorteá-las para cada participante ali na roda de discussão. As perguntas foram: Quais as doenças que mais matam hoje no Brasil? E por quê? Por que a importância de se identificar precocemente ou controlar a HAS? Quais as maiores dificuldades encontradas no controle da HAS? O que pode ser feito no grupo de hipertensos para melhorar o controle da HAS? Por que, na maioria das vezes, as pessoas abandonam o tratamento? De quanto em quanto tempo os hipertensos, depois de diagnosticados, precisam retornar para uma nova consulta médica? Quando é que uma pessoa é diagnósticada com hipertensão? Quais os valores adotados? E quais os cuidados que se deve estar atento para não dar um diagnóstico errado? O medicamento é extremamente importante no tratamento da hipertensão. No entanto, que outros tipos de tratamentos também são importantes? Quais são as principais atribuições das Agentes Comunitárias de Saúde na atenção à saúde do hipertenso? E como eu vou suspeitar de que meu comunitário está com problemas cardiovasculares? O que ele pode sentir? E o que eu faço? Já ficou claro que as ACS têm muitas atribuições. No entanto, qual o seu papel principal? Qual a importância do NASF na atenção à saúde dos hipertensos? Em que eles podem ajudar?
Cada participante ficou com uma pergunta, que necessariamente viria nessa ordem que listei acima. Isso deu uma ordem lógica à discussão. Cada pessoa lia para as demais e respondia. Deixei claro que não havia resposta correta. Todos ali já sabiam um pouco (ou muito) sobre o assunto, e o que eu não queria, jamais, é ser repetitivo, ser chato e cansativo, falando algo que todo mundo já soubesse. A ideia era deixar as pessoas falarem o que acham e a partir dai irmos formando um conceito ou formando uma resposta ideal para aquela pergunta. Não havia uma resposta pronta. Aliás, havia... no manual da atenção básica. Mas ela surgia depois de saturadas todas as respostas e reflexões acerca da pergunta do momento.
_ A discussão foi muito proveitosa. Não consegui concluir, mas ficará para um próximo encontro. Vocês podem tentar fazer o mesmo. Mas, lembrem-se, preocupem-se com o conteúdo e com as pessoas, e não com o tempo. A pressa é inimiga da perfeição. E se quer fazer um negócio legal, sem aperreio, deixa a coisa fluir, deixa a pergunta rolar o tempo que for necessário. As perguntas, as respostas, as pessoas, tudo isso, por si só, definirá quando chegará a hora da próxima pergunta.
_ PS: Essa foi uma forma que encontrei de não simplesmente chegar com o conteúdo pronto (até mesmo em slides) e "vomitar" tudo em cima do pessoal, como se não soubessem de nada, como se fossem um banco no qual eu estivesse depositando dinheiro (parafraseando Paulo Freire).
_ PS²: Notam-se muitas perguntas direcionadas às Agentes Comunitárias de Saúde. Isto se deu pelo fato de o público alvo ser composto praticamente por 90% delas. A USF Araçá conta com 10 ACS.

Abraços.