_ Iniciamos uma discussão com a equipe de saúde da USF Araçá sobre diabetes e hipertensão. Foi muito proveitosa. Minha dupla (Luciana, Fonoaudiologia/UFPE) falou sobre diabetes na semana anterior e nessa discussão atual, a que vou me referir, eu quem fiquei responsável. Mas é claro que todos participaram. Apenas conduzi a discussão. Eu fiquei muito feliz com o seu desenrolar. Tudo bem, não conseguimos conclui-la, mas eu estava muito mais preocupado com a qualidade da mesma do que apenas em abordar tudo ao mesmo tempo e em um único dia. O aprendizado e o conhecimento é uma construção. E não se constrói uma casa do dia para a noite.
_ Eu estava a fazendo baseado no Manual da Atenção Básica de Hipertensão. E à medida que fui lendo, fui elaborando perguntas norteadoras para sorteá-las para cada participante ali na roda de discussão. As perguntas foram: Quais as doenças que mais matam hoje no Brasil? E por quê? Por que a importância de se identificar precocemente ou controlar a HAS? Quais as maiores dificuldades encontradas no controle da HAS? O que pode ser feito no grupo de hipertensos para melhorar o controle da HAS? Por que, na maioria das vezes, as pessoas abandonam o tratamento? De quanto em quanto tempo os hipertensos, depois de diagnosticados, precisam retornar para uma nova consulta médica? Quando é que uma pessoa é diagnósticada com hipertensão? Quais os valores adotados? E quais os cuidados que se deve estar atento para não dar um diagnóstico errado? O medicamento é extremamente importante no tratamento da hipertensão. No entanto, que outros tipos de tratamentos também são importantes? Quais são as principais atribuições das Agentes Comunitárias de Saúde na atenção à saúde do hipertenso? E como eu vou suspeitar de que meu comunitário está com problemas cardiovasculares? O que ele pode sentir? E o que eu faço? Já ficou claro que as ACS têm muitas atribuições. No entanto, qual o seu papel principal? Qual a importância do NASF na atenção à saúde dos hipertensos? Em que eles podem ajudar?
_ Cada participante ficou com uma pergunta, que necessariamente viria nessa ordem que listei acima. Isso deu uma ordem lógica à discussão. Cada pessoa lia para as demais e respondia. Deixei claro que não havia resposta correta. Todos ali já sabiam um pouco (ou muito) sobre o assunto, e o que eu não queria, jamais, é ser repetitivo, ser chato e cansativo, falando algo que todo mundo já soubesse. A ideia era deixar as pessoas falarem o que acham e a partir dai irmos formando um conceito ou formando uma resposta ideal para aquela pergunta. Não havia uma resposta pronta. Aliás, havia... no manual da atenção básica. Mas ela surgia depois de saturadas todas as respostas e reflexões acerca da pergunta do momento.
_ A discussão foi muito proveitosa. Não consegui concluir, mas ficará para um próximo encontro. Vocês podem tentar fazer o mesmo. Mas, lembrem-se, preocupem-se com o conteúdo e com as pessoas, e não com o tempo. A pressa é inimiga da perfeição. E se quer fazer um negócio legal, sem aperreio, deixa a coisa fluir, deixa a pergunta rolar o tempo que for necessário. As perguntas, as respostas, as pessoas, tudo isso, por si só, definirá quando chegará a hora da próxima pergunta.
_ PS: Essa foi uma forma que encontrei de não simplesmente chegar com o conteúdo pronto (até mesmo em slides) e "vomitar" tudo em cima do pessoal, como se não soubessem de nada, como se fossem um banco no qual eu estivesse depositando dinheiro (parafraseando Paulo Freire).
_ PS²: Notam-se muitas perguntas direcionadas às Agentes Comunitárias de Saúde. Isto se deu pelo fato de o público alvo ser composto praticamente por 90% delas. A USF Araçá conta com 10 ACS.
_ Eu estava a fazendo baseado no Manual da Atenção Básica de Hipertensão. E à medida que fui lendo, fui elaborando perguntas norteadoras para sorteá-las para cada participante ali na roda de discussão. As perguntas foram: Quais as doenças que mais matam hoje no Brasil? E por quê? Por que a importância de se identificar precocemente ou controlar a HAS? Quais as maiores dificuldades encontradas no controle da HAS? O que pode ser feito no grupo de hipertensos para melhorar o controle da HAS? Por que, na maioria das vezes, as pessoas abandonam o tratamento? De quanto em quanto tempo os hipertensos, depois de diagnosticados, precisam retornar para uma nova consulta médica? Quando é que uma pessoa é diagnósticada com hipertensão? Quais os valores adotados? E quais os cuidados que se deve estar atento para não dar um diagnóstico errado? O medicamento é extremamente importante no tratamento da hipertensão. No entanto, que outros tipos de tratamentos também são importantes? Quais são as principais atribuições das Agentes Comunitárias de Saúde na atenção à saúde do hipertenso? E como eu vou suspeitar de que meu comunitário está com problemas cardiovasculares? O que ele pode sentir? E o que eu faço? Já ficou claro que as ACS têm muitas atribuições. No entanto, qual o seu papel principal? Qual a importância do NASF na atenção à saúde dos hipertensos? Em que eles podem ajudar?
_ Cada participante ficou com uma pergunta, que necessariamente viria nessa ordem que listei acima. Isso deu uma ordem lógica à discussão. Cada pessoa lia para as demais e respondia. Deixei claro que não havia resposta correta. Todos ali já sabiam um pouco (ou muito) sobre o assunto, e o que eu não queria, jamais, é ser repetitivo, ser chato e cansativo, falando algo que todo mundo já soubesse. A ideia era deixar as pessoas falarem o que acham e a partir dai irmos formando um conceito ou formando uma resposta ideal para aquela pergunta. Não havia uma resposta pronta. Aliás, havia... no manual da atenção básica. Mas ela surgia depois de saturadas todas as respostas e reflexões acerca da pergunta do momento.
_ A discussão foi muito proveitosa. Não consegui concluir, mas ficará para um próximo encontro. Vocês podem tentar fazer o mesmo. Mas, lembrem-se, preocupem-se com o conteúdo e com as pessoas, e não com o tempo. A pressa é inimiga da perfeição. E se quer fazer um negócio legal, sem aperreio, deixa a coisa fluir, deixa a pergunta rolar o tempo que for necessário. As perguntas, as respostas, as pessoas, tudo isso, por si só, definirá quando chegará a hora da próxima pergunta.
_ PS: Essa foi uma forma que encontrei de não simplesmente chegar com o conteúdo pronto (até mesmo em slides) e "vomitar" tudo em cima do pessoal, como se não soubessem de nada, como se fossem um banco no qual eu estivesse depositando dinheiro (parafraseando Paulo Freire).
_ PS²: Notam-se muitas perguntas direcionadas às Agentes Comunitárias de Saúde. Isto se deu pelo fato de o público alvo ser composto praticamente por 90% delas. A USF Araçá conta com 10 ACS.
Abraços.
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